sábado, 8 de novembro de 2008

De pluft em pluft, a gente se aproxima de Deus

Algumas reportagens, com certeza, me deixam mais rico espiritualmente. E acompanhar a palestra do mestre e doutor em Didática da Ciência, Vasco Moretto, no auditório Salomão Baruki, foi uma delas. Para comprovar a tese de que “nossos alunos (ou filhos) levam da gente o que somos para eles e não o que apenas informamos para eles”, Moretto nos contou uma passagem em Brasília, onde vive. Leia com atenção. “Quando encostei no caixa para comprar um sanduíche, alguém me reconheceu. Era um ex-aluno de 25 anos atrás dos tempos das aulas de Física em Brasília. “E a Física que te ensinei, serviu para alguma coisa?” – perguntei, para em seguida me arrepender, achando que havia cometido uma bobagem. “Nada, professor, não serviu pra nada”, respondeu, enquanto o caixa, à minha frente, colocou a mão no rosto, percebendo a minha vergonha. Mas meu aluno veio ao meu socorro e disse: professor, da Física eu não precisei porque fiz jornalismo e hoje sou diretor do Correio Brasiliense, mas aquele conceito de morte que você me deu eu jamais esqueci e vou passar para meus filhos e netos. Foi em agosto de 72. Até o mês e o ano ele lembrava. Foi então que eu também me lembrei. Era um agosto quente, seco e poerento em Brasília e quando entrei na sala de aula meus alunos me pediram: professor, não dá Física hoje, não, vamos falar sobre a vida. Eu costumava falar com eles sobre a vida. Mas naquela sexta aula da manhã, decidi: não, hoje vamos falar sobre a morte. Fazia 18 dias do falecimento do meu pai e meu irmão, bispo de Caxias do Sul, rezou a missa e fez uma analogia sobre a morte que achei genial. Disse ele: quando a gente é tão pequeninho que qualquer sopro detona a gente, Deus coloca a gente no ventre da mãe, com comida, transporte, tudo grátis. E quando esse mundo se torna pequeno demais para essa criaturinha ela simplesmente...pluft! Nasce no outro mundo. A mãe continua cuidando, ela mama, engatinha, anda, cresce, desenvolve, até que esse mundo se torna de novo pequeno para ela e então a criatura de repente...pluft! Nasce em outro mundo. E eu dizia para meus alunos: de pluft em pluft a gente se aproxima de Deus, a Suprema Perfeição”.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Há vida após o parto? Não sei, eu nunca nasci

Na noite chuvosa de Finados, domingo, 2 de novembro, ouvi o sermão de padre Amauri Gaioso na missa celebrada no Santuário da Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Remédios, protetora de Ladário. Ele lembrou de uma passagem como aluno do curso de Teologia quando um de seus mestres ilustrou uma aula sobre “a vida após a morte” com o seguinte relato. Estavam dois gêmeos a conversar ainda na barriga da mãe. Um pergunta ao outro: “irmão, será que existe vida após o parto”. E o irmão responde: “Não sei, eu nunca nasci”. Padre Amauri diz que ocorre exatamente aqui fora quando perguntam se há vida após a morte e alguém responde: “Não sei, eu nunca morri”. Para os incrédulos ou que ainda desconhecem o tema, a Igreja, diz ele, veio para confirmar que existe, sim, vida após a morte, a vida no Reino de Deus. Por isso devemos estar preparados para ela, a vida eterna. Como? Simples, basta viver de acordo com as leis de Deus.