terça-feira, 29 de maio de 2012

A vida não é uma droga

Saio do encerramento da Audiência Pública de Enfrentamento e Combate ao Crack do Centro de Convenções do Pantanal, dobro a primeira esquina, caminho até a orla do Porto Geral de Corumbá e vejo este espetáculo da natureza que captei com minha Sony DSC H50, na imagem ao lado. Pausa para reflexão antes de voltar para casa e sentar-me em frente ao computador. Durante quatro horas,  debateram-se lá dentro propostas que seriam capazes de devolver aos dependentes de drogas a liberdade de ver e sentir um mundo como este, simples, natural e ao mesmo tempo deslumbrante quando se tem oportunidade de olhar para o céu num fim de tarde de outono em Corumbá. Como se sabe, o crack, como qualquer outra droga moderna, escraviza, entorpece, aniquila e, aos poucos, acaba matando. E pelas estatísticas seis milhões de brasileiros estão hoje envolvidos com as drogas. E o que fazer para devolver-lhes a liberdade de olhar um pôr do sol? Não encontrei respostas lá dentro, mesmo porque os protagonistas dos debates ainda buscam luzes no fim do túnel, a dependência química ainda é um campo de pesquisa que está nas mãos de médicos psiquiatras, psicólogos e assistentes sociais. Existem várias correntes de tratamento e todas foram colocadas em discussão, inclusive a mais radical, a internação compulsória, com ação jurídica, mesmo contra a vontade do usuário de droga. Indicado por uma linha de psiquiatras contra a internação, o filme “Bicho de Sete Cabeças” nos mostra que, dependendo dos métodos, a internação pode ser um buraco sem fundo para a família. Os deputados Paulo Duarte e Eduardo Rocha, promotores do evento, percorreram o campo dos maus e bons exemplos, lembrando que a regulamentação da publicidade e a campanha agressiva fez com que o consumo de tabaco caísse de 36% para 16% em duas décadas no País. Rocha chegou a propor ao cônsul da Bolívia, Juan Merida, que fizesse chegar ao presidente Evo Morales um recado com proposta revolucionária: o Governo brasileiro subsidiaria o plantio de soja, milho e feijão e em troca os bolivianos deixariam de plantar a folha de coca. Obama já deve ter idéia semelhante, mas é humanamente impossível convencer Evo Morales a erradicar uma cultura milenar no seu país – mascar folha de coca, por lá, é como tomar cafezinho aqui. O assistente social do Estado Ubiratan Borges foi até o fundo do baú e destacou que o alcoolismo é uma doença registrada antes de Cristo, e para qual ainda não se encontrou soluções, principalmente nos tempos modernos em que os fabricantes de cervejas patrocinam a Seleção Brasileira de Futebol e o técnico Mano Menezes e o ex-jogador Ronaldo Fenômeno aparecem em comerciais patrocinados por cervejarias. A raiz da questão então estaria na publicidade? Pode-se deduzir que, em parte, sim. Mas além do controle da publicidade deveria também haver um combate mais centralizado ao tráfico de drogas e o incentivo a centros e entidades de reabilitação. O trabalho mais arrojado nessa área é do Caps AD, coordenado pela psicóloga Silvia Freire, a "Clínica de Rua", que manda sua equipe até as boca de fumo oferecer ajuda, frutas, leite e medicamentos a usuários e traficantes. Isso é efetivamente colocar o dedo na ferida. Tratar usuários de drogas apenas como zumbis que vagam pelas ruas é ignorar que dentro deles também caminha uma alma e um coração. E onde há vida, há espírito e esperança.

domingo, 20 de maio de 2012

Arte Mahikari, um novo modo de vida

No banco da Praça da Independência, em casa, no escritório, não importa. A Luz Divina pode ser aplicada em qualquer lugar, em ambiente suficientemente harmonioso, para que se tenha o mínimo de concentração. Uma vez por mês o Grupo de Expansão da Arte Mahikari sai de Campo Grande às 5h para retornar às 17h, dedicando essas 12 horas do sábado para a prática da Imposição da Mão e da transmissão dos Ensinamentos a iniciantes, leigos, religiosos, enfim, quem estiver disposto a receber a Luz e as mensagens em Corumbá e Ladário, a 420 quilômetros da Capital. E trazem um convite: os interessados em praticar a Arte Mahikari devem se inscrever no Seminário de três dias que é realizado mensalmente. Isso me faz lembrar dos dias maravilhosos em que prestei o Seminário Básico no Dojo de São Joaquim, no bairro japonês da Liberdade, no coração de São Paulo, em março de 1984. Após todos esses anos de prática, sinto que despertei para seguir os princípios divinos e acredito que seja útil na salvação do próximo. Foi me dada uma oportunidade de ouro, e eu a agarrei com convicção. Hoje posso afirmar que tudo o que tenho, tudo o que sou, tudo o que faço devo aos Ensinamentos da Arte Mahikari. Trata-se de um novo modo de vida, um novo olhar para o mundo. Por isso estou permanentemente convidando as pessoas a participar do Seminário em Campo Grande. Ensinamento recente diz: “O Salvador virá quando todos estiverem dormindo e baterá à porta. Se não estiverem despertos, não perceberão. O Salvador irá embora e o tempo passará. A maioria das pessoas hoje está dormindo profundamente e por isso não percebe a vinda de Deus”.