sábado, 26 de fevereiro de 2011

Eis a Musa da Vila Mamona


Na noite em que a Vila Mamona apresenta algumas de suas fantasias, aqui estou a postos, novamente, como um soldado do jornalismo, para cumprir o meu dever. O divino dever de ofício. Sexta-feira quente na quadra da Mamona. E eis que surge à minha frente com seu sorriso estonteante a Musa da Vila Mamona, Rosiane Helena Nunes, de 22 anos. Sorriso que também pode ser visto na recepção do Hotel Goldfish. Para nenhum turista botar defeito. Começou como passista e este ano sobe mais um degrau, merecidamente. Ao lado de Catilene Diniz, entra no elenco de divas que a Vila vai levar para a avenida, com o enredo que conta a influência da imigração do povo árabe na nossa cultura. Além de Rosiane, vi belas fantasias e senti que o carnavalesco Ricardo Vilalva, muitas vezes campeão, está guardando surpresas de última hora. A Vila, é claro, tem potencial para vencer. Ano passado fez um grande desfile e perdeu por frações na pontuação. Este ano é outra história.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Catilene, a professorinha do samba


Não veio André Puccinelli, não veio Ruiter Cunha, mas veio Catilene Diniz, a deslumbrante madrinha da bateria da Vila Mamona, que aparece nesta imagem. Na noite de lançamento oficial do Carnaval de Corumbá, sob o patrocínio do Governo do Estado, além da bela musa, também chegaram R$ 320 mil. “Dinheiro traz felicidade, sim”, filosofou o presidente da Fundação de Cultura e Turismo do Estado, Américo Calheiros, no que todos concordaram cobrindo-o com calorosos aplausos. E completou: dinheiro no Carnaval não é gasto, é investimento. Mais aplausos. De fato, em Corumbá e Ladário o Carnaval é como uma fábrica que move a economia, gerando renda e emprego. Aliás, é o que Catilene costuma dizer aos seus alunos da escola Caic. Ela é professora do ensino fundamental e professora do samba – pelo quarto ano consecutivo desfila sua beleza morena à frente da bateria da Vila. Desta vez, conversei com Catilene antes da sua apresentação no salão de festa do Hotel Nacional, na noite desta quinta-feira. Para delírio de meus olhos e de toda a multidão, ela dançou como sempre, e deu uma aula de samba!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Ela está de volta, agora como rainha


Gosto não se discute. Em 2010, neste mesmo blog, destaquei as qualidades da princesa eleita na Corte de Momo de Ladário, Deniz Alves. Sambava, sorria e exibia simpatia de rainha. Um ano se passou e ela está de volta, agora como rainha, eleita no concurso deste sábado no palco da avenida 14 de Março. Entre as juradas estavam duas especialistas em samba e beleza: Catilene Diniz, madrinha da bateria da escola de samba Vila Mamona, e Luciane Penha, passista da Império do Morro. Como se percebe, foi um encontro de musas que enfeitaram a noite de folia. Dessa vez Deniz Alves, ladarense do Mutirão, passou pela prova de fogo e recebeu a faixa de rainha das mãos da primeira dama do município, Gisele Saab. Aos 31 anos, ela tem um filho de 13. E nem precisava ornamentar os olhos com lentes de contato verdes, pois trata-se de uma beleza natural, genuinamente pantaneira. E para homenagear tanto talento repito a imagem colhida durante seu ensaio em 2010 e transcrevo um verso de uma marchinha dos velhos carnavais: “Recordar é viver, eu hoje sonhei com você”.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Noite de rei, rainha e princesas


Uma garoa fina começa a cair sobre o palco da avenida 14 de Março para refrescar a noite quente de escolha da Corte de Momo de Ladário perto da meia-noite deste sábado, no final de mais um horário de verão. Meia-noite que se transforma em 23h, e todos ganham mais uma hora para celebrar a vida. Debaixo da chuva miúda, ainda converso com Catilene Diniz, a bela madrinha da bateria da escola de samba Vila Mamona. Ela me apresenta Rosiane, a rainha da escola, que será coroada neste dia 25. Catilene foi jurada e brindou o público ao dançar no palco na noite de escolha da Corte de Momo de Ladário. No concurso com bons candidatos e difícil escolha, o trono do Carnaval ladarense ficou com o rei Domingos Sávio, a rainha Deniz Alves e as princesas Elizandra e Dayane (que aparecem na imagem ao lado após receberem as faixas do prefeito José Antonio e da primeira dama Gisele Saab). Quase 2 mil pessoas acompanharam a festa, que contou com a animação da bateria do Bloco dos Sem, de Corumbá. No time de jurados estavam o carnavalesco João Bezerra, a passista da Império do Morro, Luciane Penha, o ex-rei Momo de Corumbá, Reginaldo Bolita, o carnavalesco ladarense Elson Alba e a musa da Mamona, Catilene Diniz. Mais uma vez, Ladário mostra sua vocação como berço do Carnaval e abre a festa com muita animação, qualidade e, o que é importante, muita paz. É o prenúncio de mais um Carnaval em família, com resgate de suas tradições, e um sinal de que a cidade está pronta para receber os visitantes. Feliz Carnaval!

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Eis o Silvio Santos da aldeia terena


Se cada índio tivesse a oportunidade de sobreviver com o que aprende com seus ancestrais sobre a natureza, vendendo esse conhecimento para o homem branco, seria o fim da crise indígena no País. O índio terena Kolinã, que passou por Corumbá e Ladário vendendo ervas medicinais, é um exemplo vivo de como o nativo é capaz de gerar renda e emprego com os dons naturais. Neto de um feiticeiro da aldeia de Taunay, por onde passava o saudoso Trem do Pantanal, na região de Aquidauana, Kolinã é um comunicador nato, capaz de relatar a propriedade de cada uma das 54 ervas medicinais que vende. E ganha bem pelo que faz. Por cada garrafada – uma mistura de água mineral com 24 tipos de ervas – ele cobra 20 reais. Com um microfone preso ao pescoço, ele fala sem parar durante duas horas, transmite o que sabe, conta casos e piadas, comunica-se como um Silvio Santos das selvas. Os olhares de respeito e admiração do povo da cidade provam que o indígena, mesmo longe da aldeia, continua sendo respeitado como um sábio da natureza.