segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Os flamboyants e a Consciência Negra


Neste Mês da Consciência Negra, em que as raízes afrodescendentes afloram e ganham relevo nacional, os flamboyants antecipam o Natal e decoram naturalmente as ruas de Ladário. Também conhecida como Flor do Paraíso, ela é nativa da ilha de Madagascar, no continente africano. Portanto, é mais uma contribuição que Mama África mandou para deixar nossa natureza mais rica e bela. Assim como os inúmeros legados deixados pelos afro-brasileiros nos esportes, na culinária, na poesia, na música, enfim, em tudo que virou arte e história no Brasil. Na Ladário dos flamboyants, do samba e do futebol, a igualdade racial também é uma luta a ser defendida, uma bandeira a ser desfraldada, uma árvore a ser cultivada.

Vaso de colher chuvas. Para ler e reler.


Estava há algum tempo sem blogar e a visita do escritor Luiz Taques e do historiador Ahmad Schabib Hany devolveu-me a inspiração nesta primavera quente em que os flamboyants pintam de vermelho a paisagem de Ladário. Taques veio trazer um exemplar de "Vaso de Colher Chuvas", uma obra-prima em que homenageia os 92 anos do maior poeta vivo do Pais, Manoel de Barros, seu amigo. O livro reune contos-resportagem, resultado de conversas do escritor com o poeta que Taques publicou em jornais de Londrina e na célebre Caros Amigos, revista paulista. Li num só fôlego, tão fluentes e leves são os contos em que Taques revela o outro lado do poeta, com detalhes da sua intimidade. Se você não encontrar a obra na livraria, peça para a Editora Letradágua, rua Henrique Tamanini, 303, Iririú, Joinville, Santa Catarina, CEP 89227-482, e-mail letradagua@terra.com.br