A construção de um Feliz Ano Novo

Captei esta imagem no bairro Seac e acredito que cabe para emoldurar esta mensagem de final de ano. É uma distribuição de cestas básicas pelo Conselho Tutelar. Ladário é uma cidade em reconstrução. De fato, não há obras suntuosas para serem inauguradas, aplaudidas e fotografadas. Mas há obras simples, perceptíveis por pessoas de boa-fé. Nas ruas, nos postes de iluminação, no asfalto, na limpeza pública, no relacionamento humano com as comunidades. No resgate das tradições da cidade, no refortalecimento da estrutura familiar, no respeito ao ser humano. Nos pequenos gestos de solidariedade. Por isso, é preciso respeitar a escolha feita pela população no momento de eleger seus governantes. Isso é democracia. O tempo do coronelismo e do clientelismo já passou. Estamos em um novo tempo, com uma visão de futuro. Ladário é uma cidade com potencial, que não pode cair nas mãos de predadores. O povo tem o direito de possuir sabedoria, liberdade e autonomia para escrever sua própria história. Em Ladário ou em qualquer outro ponto desse País. Assim, teremos, todos juntos, um Feliz Ano Novo de verdade!

Violência contra a fé do povo

As paredes da futura Igreja Católica da Sagrada Família de Nazareth, que vinha sendo erguida com o sacrifício da comunidade do bairro Nova Aliança, em Ladário, vieram abaixo. A Agehab (Agência Estadual de Habitação de Mato Grosso do Sul) contratou uma empresa para derrubar o que já estava construído em um lote da rua Iranildo Maciel. No lugar, quer construir casas como parte de um projeto de habitação do Governo do Estado. A Agehab agiu com truculência, violou o sagrado e ainda pecou contra a Constituição. E agora o padre Amaury Gaioso, pároco de Ladário, pede ressarcimento dos prejuízos, porque já haviam sido gastos ali perto de 2 mil reais – dinheiro doado pelo povo. É o segundo caso semelhante de violação das leis. Há pouco tempo o governo do Estado decretou o início da construção de 1.200 casas em uma área industrial, em Corumbá, imprópria para moradia de famílias. Ou seja, para o governo do sr. André Puccinelli, dane-se a fé e a qualidade de vida do povo.

Internautas invadem biblioteca e escolas

Certificados de informática básica e de formação em ensino médio já tem o mesmo peso na hora de conseguir uma vaga no mercado de trabalho. Por isso mesmo está todo mundo correndo atrás dos cursos que são oferecidos gratuitamente pela Prefeitura de Ladário, em parceria com o governo federal. Núcleos de informática foram instalados na Biblioteca Municipal e nas escolas. Só este ano formaram-se 490 alunos. E para 2010 o prefeito José Antonio prometeu dobrar para 1000. Além dos alunos formados, quem está rindo à toa com o boom da informática são os professores Marismar Júnior, coordenador dos cursos, Luíz Otávio Feliciano, Silvio Victorio, Leide Laura Almeida, Caio Cesar e Patrícia Brandão.

Encontro de Karatê Kids em Ladário

Karatê significa mãos vazias, ou seja, um caminho para o fortalecimento do espírito (vazio, zero). Essa arte marcial milenar está presente entre nós como um esporte moderno de aprendizado de defesa pessoal e disciplina. Há muitas academias espalhadas por Corumbá e Ladário. E quem gosta de arte marcial e pretende ver os melhores atletas em ação não deve perder o 1º Torneio Intermunicipal da Cidade de Ladário, neste sábado, 19 de dezembro, a partir das 8h30, no Ginásio Poliesportivo Hélio Benzi. Vale a pena conferir o desempenho de Rafael e Larissa, faixas vermelhas da Academia Bogado que vão representar Ladário no encontro que deve reunir cerca de 200 atletas, inclusive de Bela Vista e Porto Murtinho. Mãos vazias, espírito forte!

Cidade da luz e da fé

Captei esta imagem na noite de 13 de dezembro, quando compareci ao Concerto de Santa Cecília e a Marinha acionou a iluminação natalina do Pórtico, em Ladário. Sem exagero, aquela noite de céu estrelado, ar fresco e um repertório de música clássica por conta da Orquestra Manoel Florêncio me trouxe à lembrança o memorável show de Luciano Pavarotti e amigos, em Modena, na Itália, DVD que vejo e revejo todos os finais de ano. O portal do Arsenal da Marinha é uma réplica do Arco do Triunfo de Paris, a Cidade Luz, capital da França, e por isso mesmo dá asas à imaginação de sonhadores como o comandante Jorge de Castro, secretário de Obras e Infraestrutura de Ladário. “Um dia vamos revitalizar o passeio público da avenida 14 de Março e transformá-lo numa Champs Élysées do Pantanal”, afirmou, sério e decidido. Castro já esteve na Champs Elysees e sabe que se trata de uma das mais belas e charmosas avenidas do mundo. Por isso a usa como referência, porque sonha com uma cidade melhor, com mais cultura, lazer e qualidade de vida. Só não gosta disso quem insiste em ver a cidade mergulhada em trevas, discórdia e violência, para assim comprar a alma e a consciência do povo.

O dia em que Tamandaré salvou o Vasco

O deputado estadual Paulo Duarte é mesmo muito criativo e costuma se inflamar em seus discursos, sem perder o hábito de soprar os cabelos que cobrem a vista. Costuma tirar histórias e citações do fundo do baú. Em Sessão Solene do Dia do Marinheiro, em Ladário, lembrou que em 1850 o Almirante Tamandaré, com sua "moderna" fragata mista - movida a vela e a vapor - salvou a nau "Vasco da Gama" de um naufrágio, após forte tempestade na barra do Rio de Janeiro. "Sou eternamente agradecimento ao Almirante Tamandaré por ter salvo o meu Vasco da Gama", brincou, provocando ares de reprovação do botafoguense Ruiter Cunha e do flamenguista José Antonio. "Salvou em 1850, mas não salvou em 2008", rebateu José Antonio, lembrando o rebaixamento do Vasco no ano passado. "Mas estamos de volta, sãos e salvos", respondeu o deputado, vascaíno roxo. Como se percebe, nem o Almirante Tamandaré, herói dos mares e dos marinheiros, escapa de ser envolvido no bate-bola do futebol brasileiro.

Dama das Artes, Amiga de Ladário

Algumas das mais notáveis obras da escultora Izulina Xavier, piauiense radicada em Corumbá, ornamentam as ruas e praças de Ladário, entre elas a estátua de Irmã Régula e as figuras sacras que produziu para decorar o Santuário de Nossa Senhora dos Remédios. Por isso, em abril, quando completar 85 anos, Izulina será a convidada de honra da cidade, que vai homenageá-la ali mesmo na Praça do Santuário, diante de suas obras. Convite feito pessoalmente pelo prefeito José Antonio e pela primeira dama e secretária de Integração de Políticas Sociais, Gisele Saab, durante as comemorações do Dia do Marinheiro. E prontamente aceito pela Dama das Artes, que se já era Amiga da Marinha, agora também é Amiga de Ladário. Nesta sexta, 11 de dezembro.

Redatora nota 10 é do Colégio São Miguel

Bruna Soares, de 15 anos, é mais um motivo de orgulho para o Colégio São Miguel, de Ladário, que já tem bons alunos e atletas. Ela é uma redatora nota 10. Ganhou da Marinha do Brasil o Prêmio Cisne Branco pela melhor redação com o tema submarino nuclear nas comemorações do Dia do Marinheiro, nesta sexta, dia 11 de dezembro. É a terceira vez que ganha o concurso de redação. Desta vez o prêmio foi regional e nacional. Ela é corumbaense, mora em Corumbá, mas quis estudar em Ladário. Ou melhor, a mãe dela, Diane, fez questão de matricular a garota no São Miguel, um colégio fundado por freiras franciscanas que vai completar 70 anos em 2010. Muita gente boa passou pelas salas de aula do São Miguel, inclusive o prefeito ladarense José Antonio e sua prima, Beth Assad, gerente de Políticas de Ações Sociais de Corumbá.

Os flamboyants e a Consciência Negra

Neste Mês da Consciência Negra, em que as raízes afrodescendentes afloram e ganham relevo nacional, os flamboyants antecipam o Natal e decoram naturalmente as ruas de Ladário. Também conhecida como Flor do Paraíso, ela é nativa da ilha de Madagascar, no continente africano. Portanto, é mais uma contribuição que Mama África mandou para deixar nossa natureza mais rica e bela. Assim como os inúmeros legados deixados pelos afro-brasileiros nos esportes, na culinária, na poesia, na música, enfim, em tudo que virou arte e história no Brasil. Na Ladário dos flamboyants, do samba e do futebol, a igualdade racial também é uma luta a ser defendida, uma bandeira a ser desfraldada, uma árvore a ser cultivada.

Vaso de colher chuvas. Para ler e reler.

Estava há algum tempo sem blogar e a visita do escritor Luiz Taques e do historiador Ahmad Schabib Hany devolveu-me a inspiração nesta primavera quente em que os flamboyants pintam de vermelho a paisagem de Ladário. Taques veio trazer um exemplar de "Vaso de Colher Chuvas", uma obra-prima em que homenageia os 92 anos do maior poeta vivo do Pais, Manoel de Barros, seu amigo. O livro reune contos-resportagem, resultado de conversas do escritor com o poeta que Taques publicou em jornais de Londrina e na célebre Caros Amigos, revista paulista. Li num só fôlego, tão fluentes e leves são os contos em que Taques revela o outro lado do poeta, com detalhes da sua intimidade. Se você não encontrar a obra na livraria, peça para a Editora Letradágua, rua Henrique Tamanini, 303, Iririú, Joinville, Santa Catarina, CEP 89227-482, e-mail letradagua@terra.com.br

Fim de inverno sem tempestade

Nesta véspera de 11 de setembro, tudo caminha na santa paz de Ladário, à beira do rio Paraguai, no coração do Pantanal, a 425 km da capital Campo Grande. Sopra um vento gelado, nada mais que um simples capricho da natureza neste final de inverno seco. Depois de 13 dias de festas e um show de Dudu Nobre em grande estilo pelos seus 231 anos de fundação, Ladário curte sua ressaca, abençoada por Deus. Cai a noite e, vendo pela tela da TV imagens de tragédias no Sul do País, após mais uma tempestade, me vem à mente uma memorável frase de John Lennon: "Amo a liberdade, por isso deixo livre tudo o que amo; aquilo que voltar é porque conquistei; o que não voltar é porque nunca tive de verdade".

Ladário sem medo de ser feliz

Foram 13 dias de shows, feiras, oficinas, palestras, esportes, enfim, uma programação que faz tempo Ladário estava merecendo para comemorar seu aniversário. E o auge de toda essa festa, sem dúvida, foi o show de Dudu Nobre, um presente que o prefeito e parceiro corumbaense Ruiter Cunha decidiu dar a Ladário. Antes do show, os prefeitos José Antonio e Ruiter Cunha, e a primeira dama Gisele Saab conversaram com Dudu Nobre no camarim. Foi a primeira visita do sambista a Ladário. Ele contou que está disposto a voltar mais vezes. No camarote, aceitando um desafio feito pelo deputado Paulo Duarte de que deveria dançar como retribuição ao presente, o prefeito José Antonio caiu no samba, principalmente no momento em que Dudu Nobre cantou o parabéns a Ladário. O samba de roda de Dudu Nobre contagiou a todos. Uma noite que vai ficar na lembrança de ladarenses, corumbaenses, cariocas, fronteiriços bolivianos, enfim, de todos aqueles que gostam de Ladário e acreditam que cidade vive novos tempos, sem medo de ser feliz.

Alexandre, revelação ladarense no Duathlon

O contraponto do veterano Edilson dos Santos, de 62 anos, chama-se Alexandre Santos e tem 17 anos. No sábado, 5 de setembro, ele foi o campeão do Duathlon de Ladário na categoria dos 17 aos 25 anos e domingo ficou em terceiro lugar na classificação geral da 1ª Corrida Rústica de Ladário. Competiu com gente muito mais experiente e mostrou que está sendo bem treinado por Martins Oliveira, grande incentivador do esporte ladarense. O sonho de Alexandre é ser campeão brasileiro de triathlon (ciclismo, natação e corrida pedestre). Todos estão na torcida por ele, inclusive o prefeito José Antonio. "Ladário apoia exemplos do caminho do bem, do esporte e da vida saudável", afirmou José. Ele recebeu o troféu de destaque das mãos do diretor-presidente da Fundação de Turismo, Meio Ambiente e Cultura, Maçu Sabatel.

Papaléguas do Pantanal voa em Ladário

Em menos de 24 horas, Edilson dos Santos, o Papaléguas do Pantanal, venceu duas provas em Ladário. Ganhou o Duathlon de Ladário na categoria acima dos 46 anos no sábado, percorrendo 20km de bicicleta e 5km a pé. E no domingo venceu a Corrida Rústica de 6km pelas ruas e avenidas ladarenses. Aos 62 anos, ele se prepara para a Meia Maratona do Sesc em Campo Grande e a Travessia a Nado do Rio Paraguai, pelo Festival das Águas, em outubro, em Corumbá. Um exemplo a ser seguido ou, pelo menos, respeitado.

Papaléguas do Pantanal

Ele nada quatro horas por dia e ainda corre 20 quilômetros diariamente. O resultado de tanta malhação se reflete no corpo bem modelado, com 54 quilos que combinam muito bem com a baixa estatura, 1metro e 63cm. Ex-marujo nascido em Muricy, Estado das Alagoas, Edilson Souza dos Santos é conhecido como o Papaléguas, uma versão pantaneira do personagem das Warner Bross que consegue se livrar dos ataques do lobo Coiote no deserto americano. Conta que já escapou da morte quatro vezes e salvou uma menina de morrer afogada no rio Paraguai. É preciso mais? Tem mais, sim. Além de ter vencido duas vezes a Travessia do rio Paraguai, que faz parte do Festival das Águas, e várias etapas do Circuito Funlec de Corridas de Rua, Edilson já foi segundo colocado, em sua categoria, na tradicional Corrida de Reis, em Cuiabá. Costuma ganhar todas as provas que corre em Campo Grande. Seria tudo normal se não tivesse 62 anos.