O desastre ambiental do rio Taquari, há quatro décadas, arruinou a vida
de centenas de pantaneiros, mas não fosse por isso a menina Márcia Raquel Rolon
não teria se mudado com a família para a cidade. Na bagagem, trouxe seus
sonhos. Em Corumbá, iniciou os primeiros passos na dança na academia dirigida
pela mãe, a bailarina Sônia Ruas. Formou-se em Educação Física na UFMS e criou
Escola de Artes Moinho Cultural, projeto arrojado que no começo reunia 180
crianças e adolescentes, moradores dos bairros pobres da região portuária
corumbaense e das cidades bolivianas da fronteira. Hoje com quase 400 alunos, o
Instituto Moinho Cultural Sul-Americano traduz grande parte dos sonhos da
ex-bailarina pantaneira, como centro de formação na dança, na música, na
tecnologia e na cidadania. E após dez anos de atividades, tornou-se referência
cultural de Mato Grosso do Sul, integrando a rede do programa Criança
Esperança. Em 2010 Márcia Rolon ganhou reconhecimento nacional ao tornar-se
finalista do Prêmio Empreendedor Social, da Folha de S.Paulo, e dois anos
depois elegeu-se vice-prefeita de Corumbá, cargo agregado com o de
diretora-presidente da Fundação de Cultura. O avanço de Corumbá como polo
cultural, porém, não contenta Márcia. “Não basta ter o Moinho, o melhor
Carnaval, o Banho do São João, se não houver integração com os outros
municípios”, afirma. “Nosso Estado é diferenciado, é único, e precisa
fortalecer sua cultura, entrelaçar suas rotas culturais”. Leia a entrevista
completa na edição do jornal O Estado no link https://oestadoms.websiteseguro.com/flip/20-12-2014/20.pdf
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