O blogueiro ao lado da criadora do blog, Ida Urt, no pier de Puerto Suarez |
Corumbá completa 237 anos e este blog Nave Pantanal, de carona, celebra
seus 7 anos de construção. Não digo que surgiu por acaso, porque tudo na vida
está cercado de sonhos, intenções e predestinações. Quem construiu o blog foi a figura que
aparece ao meu lado, nesta imagem tirada no pier de Puerto Suarez,
na Bolívia. Ela se chama Ida Urt, um nome minúsculo, mas um coração do tamanho
de uma constelação. Minha filha caçula. “Pai, o blog está pronto, pode começar
a publicar”, disse-me em setembro de 2008. Comecei a publicar notas simples,
qualquer fato que fazia parte do meu dia a dia no jornalismo. Como a primeira
nota que contava a historinha de um cara que havia escapado de um ataque de
onça-pintada no Pantanal. Com o passar do tempo fui incrementando o blog com
artigos, reportagens, imagens, músicas regionais e, mais recentemente, com
poesias de minha autoria e da nova geração de poetas e escritores. No blog
também publico a integra do meu primeiro livro, Estação das Mariposas, uma
ficção romanceada, que nunca lancei, mas que coloquei à venda como e-book no
site da Amazon. O blog serve de base e conteúdo para o segundo trabalho, um
livro-reportagem, que pretendo publicar até o final desta década. O blog conta com apenas 19 seguidores, entre
eles amigos como o mestre-repórter Schabib Hany, o escritor Augusto César Proença, o
jornalista Cláudio Amaral, o poeta da resistência Benedito C.G.Lima e mais
recentemente a acadêmica de História e cronista da nova geração Nathalia Claro, de 19 anos.
A alma e a grandiosidade dos amigos compensam a discreta repercussão e servem
de combustível para esta nave seguir sua viagem pelo espaço sideral da
comunicação. Desculpem-me se não agrado a todos por seguir o jornalismo
alternativo, autônomo, sem amarras ao sistema, com uma linha anticapitalista, buscando publicar apenas aquilo que eleve a
alma e a dignidade do ser humano, e que possa contribuir para um mundo melhor e
mais justo. Pode parecer muita pretensão, mas como acadêmico da UFMS busco incansavelmente a reconstrução da história, tentando quebrar paradigmas, tabus e
preconceitos. Agradeço aos empresários da comunicação que abriram espaço para este conteúdo, como Rosana Nunes (Diário Corumbaense), Alle Yunes e Farid
Yunes (Correio de Corumbá), Erik Silva (Folha MS) e Jaime Valler (O Estado de
MS). Com certeza, juntos, ainda temos muitas histórias, verdadeiras, para
contar e contribuir para que todos, em algum lugar do passado ou do presente,
encontrem enfim a consciência da vida. Não estamos juntos por acaso.