segunda-feira, 11 de julho de 2016

Família Urt: 103 anos em Ladário

As duas meninas da frente, sentadas: Helô e Malu; mais acima, sentada,
Margareth, e mais atrás Zezinho; sentados, Maria Assad e Jamil Urt; ao
lado, Rosângela e mais atrás Jamilzinho. Na fileira de trás, em pé, estão
o casal Octavio, com Nelson no colo, e Beia, Biga, Lila, Naná, Myrtes
e o casal Edith e Heldo Delvizio, com João Bosco no colo. Ao fundo,
estão os casais Demétrio, com Tantino no colo, e Edith; Bebé e Izel;
Railda e Vitor, com Rosinha no colo (Arquivo Família Urt)
O navio vapor Venuz aportou no rio Paraguai trazendo os pioneiros da família Urt. Exatamente no dia 28 de junho de 1913 os irmãos Jamil, Isaac, Abdo e Isaías carimbavam seus passaportes de chegada a Ladário, que adotaram como novo lar. São 103 anos de um desembarque que definiu a trajetória de mais de uma centena de pessoas que hoje carregam e honram este sobrenome, formaram suas famílias, construíram suas histórias. Vieram de Jerusalém, da nação Palestina, eram filhos de Nakle Urt e Almaza Baranke Urt. Em Ladário Jamil se uniu a Maria Assad, enquanto Isaac se casou com a irmã dela, Margarida Assad. Igualmente descendentes árabes, os Assad vieram do Líbano, que por sinal abriga hoje o grande contingente de imigrantes palestinos refugiados após a ocupação do Estado da Palestina por Israel. Os casais Urt-Assad formaram a base de quatro gerações e mais de uma centena de descendentes espalhados por Ladário, Corumbá, Campo Grande, Campinas, São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão, por todo o País.  A imagem desta página mostra o ramo de três gerações dos Urt formado pela união entre Jamil e Maria. Neste aniversário de 103 anos da chegada da família Urt, é o momento em que todos nós, espiritualmente unidos, agradecemos por todas as benções que nos são concedidas do céu e da terra, pelas mãos de Deus. Parabéns aos que se foram e deixaram saudade, aos que ficam e ainda escrevem a sua história, e aos muitos que ainda virão para preencher de luz, justiça e honestidade o futuro da nossa linhagem. Sim, a cultura árabe permanece viva em nossos corações. E para celebrar esta data nada melhor do que uma canção da libanesa Tania Kassis, uma ativista pelos direitos humanos no Líbano e nos países do Oriente Médio.
ttps://www.youtube.com/watch?v=toXZrXqmCE0