Peninha relançou "Azul" na Casa de Memória Dr. Gabi em Corumbá |
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Lançado na noite desta quarta-feira, 17 de
julho, na Casa de Memória Dr. Gabi, em Corumbá, Pantanal de Mato Grosso do Sul, o livro "Azul
dentro do banheiro" leva a assinatura de Marzinha, um dos pseudônimos da poeta e
artista plástica Marlene Mourão.
O livro é uma reedição da obra publicada em 1976 e traz uma carta que o poeta Manoel de Barros escreveu para Marzinha em 16 de agosto de 1976, pouco depois de ler a primeira edição. “Não sei dizer nada de sua poesia, senão que ela me deu um sacolejão e me jogou no cansanção e me buleversou, desbarrancou, me floresceu, frutificou e me deixou debaixo de um trilho de trem onde eu morri de amores por Marzinha”, escreve Manoel. ‘Louvo o Azul dentro do banheiro, que não tem destinatário, que não pretende nada, que não tem prefácio nem orelha, que não tem padrinho e nem mesmo não tem o nome do autor – mas é um legítimo livro de poesia”, acrescentou.
Marlene, também conhecida como Peninha, se tornou íntima de Manoel de Barros em Campo Grande porque era amiga de uma de suas sobrinhas. “Gosto de ir ao banheiro pra conversar. É o lugar onde eu posso ser eu”, escreve Peninha no livro que funde a poesia com a prosa em um estilo conhecido como prosa poética.
Ela usa o azul metaforicamente
para expressar a neutralidade e a paz que encontra entre as quatro paredes do
banheiro. “Eu quero ser eu, eu tenho que ser eu...isso eu preciso”, repete seguidamente
nas páginas do livro escrito nos anos 1970, no início dos movimentos feministas
que proporcionaram o empoderamento das mulheres – nem todas, é claro – nos
dias atuais.
Azul dentro do banheiro é uma obra intimista, capaz de revelar muito da personalidade livre, humilde, pura e despojada da escritora, alguém que – como bem observou o mestre Manoel de Barros – não tem pretensões, e por isso mesmo consegue produzir uma poesia legítima. "Você é uma criança andando perdida no meio das ruínas. É o que me comove em sua poesia, que é legítima, inventiva, despreza as convenções, as falsas ladainhas", resumiu Manoel.
O livro é uma reedição da obra publicada em 1976 e traz uma carta que o poeta Manoel de Barros escreveu para Marzinha em 16 de agosto de 1976, pouco depois de ler a primeira edição. “Não sei dizer nada de sua poesia, senão que ela me deu um sacolejão e me jogou no cansanção e me buleversou, desbarrancou, me floresceu, frutificou e me deixou debaixo de um trilho de trem onde eu morri de amores por Marzinha”, escreve Manoel. ‘Louvo o Azul dentro do banheiro, que não tem destinatário, que não pretende nada, que não tem prefácio nem orelha, que não tem padrinho e nem mesmo não tem o nome do autor – mas é um legítimo livro de poesia”, acrescentou.
Marlene, também conhecida como Peninha, se tornou íntima de Manoel de Barros em Campo Grande porque era amiga de uma de suas sobrinhas. “Gosto de ir ao banheiro pra conversar. É o lugar onde eu posso ser eu”, escreve Peninha no livro que funde a poesia com a prosa em um estilo conhecido como prosa poética.
Azul dentro do banheiro é uma obra intimista, capaz de revelar muito da personalidade livre, humilde, pura e despojada da escritora, alguém que – como bem observou o mestre Manoel de Barros – não tem pretensões, e por isso mesmo consegue produzir uma poesia legítima. "Você é uma criança andando perdida no meio das ruínas. É o que me comove em sua poesia, que é legítima, inventiva, despreza as convenções, as falsas ladainhas", resumiu Manoel.