Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, padroeira de Ladário-MS |
1. QUANDO cito neste diário a
expressão “fim do mundo” me refiro ao fim deste mundo tal qual ele se
configurava até fevereiro de 2020. Acredito efetivamente que está pandemia
carrega o dom de construir um mundo melhor quando cessar o bafo venenoso do
Covid-19. Vai provocar uma mudança de atitude das pessoas – e de toda a
humanidade – levando a uma transformação esperada por todos os profetas.
2. O CALENDÁRIO
MAIA profetizou o fim do mundo (ou o começo de uma nova era) para 2012. Chico
Xavier, em sua última entrevista, revelou que haveria grandes transformações a
partir de junho de 2019. O professor e doutor Andris Tebecis, da Sukyo Mahikari, durante um
Seminário em Campo Grande-MS, afirmou que, naquele ano, 2010, começava a “era
da Luz e o governo de Deus”. Hoje poucos duvidam dos efeitos concretos dessas três
profecias, mas há outras, que prefiro não citar para não estender o assunto.
3.
VOCÊS JÁ pararam para pensar como os trilhões de dólares movimentados nos
megaespectáculos de toda a natureza, nas vultosas operações das empresas
multinacionais, nas gigantescas negociações das corporações promovem o acúmulo
de riqueza de uma casta privilegiada, provocam desequilíbrio social que beneficia poucos e tira o sustento básico de alimentação e habitação de milhares de
pessoas em todo o mundo? Pois é, e agora? Com quase tudo parado, ou
desacelerado, o mundo tal qual o conhecíamos, feito de conquistas materiais,
desenfreado consumo, poder econômico e acúmulo
financeiro deve dar lugar a um modo de vida mais equilibrado, sustentável,
racional, solidário ou seja lá como queiram conceituar – por obra do acaso, da
natureza ou do sopro divino. É pelo menos o que todos esperamos. Não se aceita
mais a retórica de que os ricos ficarão mais ricos e os pobres mais pobres.
4.
O DISTANCIAMENTO, as quarentenas, os isolamentos sociais, as máscaras de
proteção, a higienização, a reforma dos sistemas sanitários são apenas pano de
fundo nesta crise que deve culminar com um novo estilo de vida marcado pelo fim do desperdício, pelo reaproveitamento material, a reciclagem,
o fim do descartável e da nefasta indústria que desde o advento do capitalismo promoveu
a massificação de produtos. Pode não ser uma volta completa às origens, mesmo
porque hoje dispomos de uma tecnologia avançada, mas com certeza um novo olhar
aos bem duráveis, ao maior respeito à natureza e às condições naturais de
sobrevivência. As máscaras sanitárias estão na ordem do dia como proteção na
pandemia, mas o sistema capitalista que só visa o lucro a qualquer custo precisa
e deve ser desmascarado para que tenhamos um futuro melhor.
5. FILME. Como dica cinéfila hoje eu indico “Encontro
Marcado” (1998), com impecáveis atuações de Anthony Hopkins, Brad Pitt e Claire
Forlaine, pela plataforma Netflix, bem adequado a esses tempos da Covid-19, o
vírus da morte. Prestes a ter um colapso cardíaco e desencarnar, o Magnata de
65 anos pergunta à Morte: “Devo ter medo?”. E a Morte responde: “Um homem como
você, não”.
6. MÚSICA. Over de Rainbow compõe a trilha sonora no final apoteótico de Encontro Marcado. Indico a música instrumental ou na voz do havaiano Israel Kamakawiwo’ole.
6. MÚSICA. Over de Rainbow compõe a trilha sonora no final apoteótico de Encontro Marcado. Indico a música instrumental ou na voz do havaiano Israel Kamakawiwo’ole.
7. ENCERRO ilustrando com essa imagem do Santuário de
Nossa Senhora dos Remédios, a santa da cura, padroeira de Ladário, cidade de
onde escrevo este modesto e breve diário, às margens do rio Paraguai, nas
proximidades da fronteira com a Bolivia, ao sul do Pantanal do MS. (Nelson
Urt/Navepress)
https://www.youtube.com/watch?v=mBmDg-CNFqY&t=20s