Fila de mais de 2 km antes da ponte na BR-262 (Navepress|28/03/24) |
Aviso aos condutores: quem pegar a BR-262 no sentido Corumbá-Campo Grande está sujeito a uma espera de uma, duas ou até três horas na ponte sobre o rio Paraguai, que continua em reparos. Eu já havia postado neste blog detalhes sobre um iminente colapso na BR-262, que teve a situação agravada com a interdição da ponte sobre o rio Paraguai. Dois meses se passaram e o problema só se agrava, para desespero dos usuários que pagam pesados impostos mas não veem retorno em bons serviços na malha rodoviária. O tráfego de veículos na BR-262 funciona no sistema Pare e Siga, em pista única, e isso está acarretando congestionamentos gigantes, principalmente em horários de pico, quando grande parte das carretas levando minério tomam a rodovia em direção à capital e dali para outras cidades fora do Estado. Uma fila enorme, de mais de dois quilômetros, voltou a se formar nesta quinta-feira, 28 de março, véspera do feriado, penalizando a todos os que rumavam para a capital. Muitos desistiram da viagem e deram meia volta. Outros tantos aguardaram a longa espera na fila que começou a se formar por volta das 14h30. “Isso vem ocorrendo há três meses, é imprevisível, e a espera pode ser de uma a quatro horas”, contou um caminhoneiro brasileiro, que trazia uma carga de amônia da Bolívia e seguia em direção a São Paulo. Portanto, para quem pretende pegar a BR-262 e não passar longas horas parado na estrada, é bom ficar atento e consultar a PRF com antecedência para saber como está o fluxo de veículos. Do contrário, vai ficar sem qualquer informação e pode entrar numa fria. Está claro que existe uma crise de tráfego ocasionada pela multiplicação da frota de carretas e bitrens responsáveis pelo transporte de minério pela estrada e pela ponte, que não suportam tamanho volume de peso e da trepidação. No trecho até o início da ponte, em direção à capital, há buracos por toda a pista. E a ponte passa por reparos de concretagem após serem constatadas fissuras. Como saída, a balsa para transporte de veículos chegou a funcionar durante três dias, mas parou, e continua sendo uma opção para evitar um colapso que seria a interdição total da ponte. Pegar a estrada durante a madrugada é sempre uma alternativa perigosa devido aos acidentes com animais. Outra saída seria disciplinar e organizar os horários das saídas das carretas.
EM TEMPO: A má notícia é que nesta primeira semana de abril de 2024 a concessionária da malha ferroviária Bauru-Corumbá comunicou a inviabilidade de reforma dos trilhos e retomada dos serviços diante do alto custo do investimento, certa de R$ 18 bilhões. Diante disso o governo do Estado de Mato Grosso do Sul prontamente iniciou parceria com o de São Paulo em um projeto que visa escoar a produção por meio de uma ligação ferroviária de Três Lagoas a Aparecida de Taboado, para acesso a São Paulo e porto de Santos. Resumindo: Corumbá fica mais uma vez fora de projeto ferroviário e, sendo assim, cada ano que passa mais isolada. Um dos preços desse isolamento é que nossos jovens estão indo embora.