Não era uma onça qualquer. Era uma onça-pintada. Mas ele escapou. Mesmo desarmado. Foi salvo por meia dúzia de vira-latas, cães fiéis que mantém na sua fazenda na região do Paiaguás, ali perto do adormecido rio Taquari. Ligo do celular e Gregório me conta que está de volta da Capital, onde foi tentar reparar os estragos que as garras da onça fizeram na sua cara. Mais precisamente no olho. No olho esquerdo. A vista não abre mais. Não adianta operar, avisaram os médicos:
- Acho que vou ficar pra sempre assim, meio deformado, com o olho fechado - conta Gregório, resignado, do outro lado da linha, já em sua casa na avenida General Rondón, em Corumbá. Gregório Costa Soares perdeu o olho esquerdo, mas salvou a vida e a honra dos pantaneiros. Virou lenda, aos 66 anos. O homem que escapou da onça-pintada. Sem arma. Mas com a alma que Deus lhe deu.
Que MARA!!!
ResponderExcluirAdorei o seu blog.
Você está de parabéns! Espero que atualize sempre para termos muitas novidades daí.
Vera Urt