quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Escrever é ouvir o barulho do mundo
Escrever é ouvir o barulho do mundo. Certas frases, como esta, merecem ser publicadas e republicadas, lidas e relidas. Porque ficam para sempre. Ela foi dita pelo escritor francês Jean-Marie Gustave Le Clézio nesta quinta-feira, 9 de outubro, ao receber a notícia de que tinha sido premiado com o Nobel de Literatura. "Escrever não é só se sentar à mesa consigo mesmo, é ouvir o barulho do mundo. Quando você está na posição de escritor, percebe melhor o barulho do mundo, vai ao encontro do mundo", afirmou Le Clézio em Paris. O autor defendeu a leitura de romances como antídoto para os problemas do mundo. "Ler romances é uma boa forma de interrogar o mundo atual sem que o resultado seja uma resposta esquematizada. O romancista não é um filósofo, não é um técnico da língua, é alguém que faz perguntas", destacou o autor de "O Deserto" (1980) e "Le Procès-Verbal" (1963). Le Clézio afirmou se sentir francês, mas disse que sua pátria está nas ilhas Maurício, ex-colônia francesa de onde procede sua família. Além disso, o escritor se definiu como um apaixonado pelo México e a cultura latino-americana.
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