sábado, 23 de janeiro de 2010

E a terra também tremeu na Bolívia


Estávamos sintonizados na Rádio FM Santa Cruz, retransmitida pela FM Carolina, de Puerto Quijaro. Eu e Vera, minha esposa, queríamos apenas ouvir na manhã deste sábado a boa música boliviana e algumas notícias sobre a posse de Evo Morales e seus ministros. Dois dias antes, Evo havia sido ungido pela segunda vez como “guia espiritual” da Bolívia pelas nações indígenas de Tiawanaku, em um templo a 70 km de La Paz. De repente o locutor de Santa Cruz informa sobre o terremoto de 5,3 graus na escala Richter, que balançou alguns móveis e alicerces nas cidades bolivianas de Yapacaní, San Juan, San Carlos e El Chapare, no departamento de Santa Cruz, o estado que faz divisa com Mato Grosso do Sul. O locutor contava que o tremor também foi sentido em Santa Cruz, onde pessoas se assustaram a abandonaram os prédios. Mais tarde confirmei detalhes na ABI (Agência Boliviana de Información). Não houve danos materiais nem vítimas, informou a Defesa Civil boliviana. Depois do Haiti, é natural que todos estejamos assustados. Não quero alarmar ninguém, mas é sempre útil ter a mão uma mochila de emergência, com acessórios úteis como lanternas a pilha, cordas, cantil de água, caixa de primeiros socorros e alimentos desidratados. Haverá terremotos no Brasil? Olha, até onde se sabe, existe perto daqui a placa tectonica de Nazca, na região da Cordilheira dos Andes, e qualquer movimento colocaria em risco as cidades de Lima (Peru), Quito, Guayaquil (Equador), Amenia, Cali, Monizales, Popayán e Cúcuta (Colômbia), o que representa 59% da comunidade andina, de acordo com geólogos do Comitê Andino de Prevención y Atención de Desastres. Mas nesses tempos de fúria do planeta, é sempre bom estar com um olho no Carnaval, e outro na Natureza.

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