terça-feira, 4 de maio de 2010

E o Festival América do Sul vai tocando em frente


Confesso que sou fã de carteirinha de Renato Teixeira. O que mais admiro nele é que canta com o coração, ladeado pelos filhos Chico e João. Talvez este seja o motivo: o pai coruja se emociona só de ter os dois meninos como parceiros. E eu cantei com eles na noite enluarada de domingo, 2 de maio, no megashow que encerrou o Festival América do Sul. Cantamos Trem do Pantanal, numa versão que só Renato sabe apresentar, ao som do apito e do ronronar da locomotiva do trem. Cantamos Tocando em Frente, que ele fez em parceria com Almir Sater. Cantamos Romaria, que ele deu de mão beijada para Elis Regina se imortalizar numa das maiores interpretações da sua vida. No camarim, Renato disse que via no Festival América do Sul a chave da porta para a integração entre os povos latino-americanos. Tomara que a maior expressão da música folk regional seja ouvida por quem governa - se é que o governador tem esse faro cultural. O festival carece dessa integração, seja na música, no teatro, na dança, na literatura ou nas discussões de nossas maiores inquietações sócio-culturais. Enquanto isso, vamos tocando em frente com o que temos, com uma visão limitada e mesquinha do nosso belo continente.

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