domingo, 12 de agosto de 2012

Projeto Fred: símbolo da esperança

Entre o céu e o inferno. É assim que passa a viver um jovem dependente de droga. Por isso, uma palavra, uma mão amiga, um ombro companheiro são detalhes decisivos para sua recuperação. Especialistas em viciados em entorpecentes afirmam que jamais devemos abandoná-los. Sempre haverá uma esperança, por mais que digam que não existe cura. Muitos casos, como o de Fred, viram exemplos de vida, de persistência e até de programas sociais. O Projeto Fred surgiu em 1998 na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, Minas Gerais, onde durante dez anos esteve detido Fred, o irmão de Andréa Ambrósio. Ele era dependente de drogas e foi preso acusado de participar de um assalto. Como apoio ao irmão no momento mais difícil da vida dele, Andréa desenvolveu no presídio as aulas de tapeçaria, que acabaram se transformando em terapia ocupacional e geração de renda para Fred e muitos dos companheiros de detenção. “O resultado do projeto me ensinou que, nessa vida, nunca devemos abandonar uma pessoa querida; julgá-la e expulsá-la do nosso convívio não é o caminho”, afirma Andréa (na foto, ao lado de uma peça de artesanato produzida por uma ladarense). O Projeto Fred atende em média 890 trabalhadores por ano e já beneficiou 24 mil famílias desde sua criação. Após a conclusão do curso, os trabalhos ficam em exposição para comercialização. O curso acaba de formar 20 artesãs em Ladário pelo programa Geração de Renda, da Secretaria de Assistência Social e Cidadania de Ladário, e continua sendo aplicado até hoje nas celas da Penitenciária Nelson Hungria.

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