Reproduzo o manifesto de desagravo às trabalhadoras bolivianas agredidas em
Corumbá, escrito pelo respeitável companheiro Ahmad Schabib Hany, membro
fundador da OCCA Pantanal e do Forum Permanente de Organizações
Não-Governamentais de Corumbá e Ladário. A imagem que escolhi para ilustrar
esta nota talvez ajude a refletir sobre o papel dos bolivianos na fronteira, pois retrata um momento de fraterna integração com turistas paulistas na Praça da Independência,
em Corumbá. Onde estão a cordialidade e o humanismo nas relações das autoridades com os ex-integrantes da Feira Brasbol? Integração era só discurso? Schabib Hany escreve no manifesto que intitulou de Somos Todos Bolivianos: “Este
dia 22 de junho de 2013 entra tristemente para a história da cidadania do
coração do Pantanal e da América do Sul pela truculência dos gendarmes que
agiram, não como servidores públicos, mas verdugos da irmandade de dois povos
que vêm construindo uma nova página na história latino-americana. Por meio deste
manifesto público, fazemos nosso incondicional e irrestrito ato de desagravo às
trabalhadoras da Feira Brasbol agredidas acintosa e covardemente, em plena luz
do dia e diante de diversas câmeras, sábado, 22 de junho, por gendarmes
despreparados, eivados do ranço xenófobo que vem sendo alimentado
irresponsavelmente por algumas autoridades de Corumbá, de modo obtuso e na
contramão da história. Fruto dessa empáfia bizarra, tais agentes do Estado
parecem desconhecer que o outrora polo cosmopolita que abrigou quase todos os
povos no coração do Pantanal e da América do Sul só pôde permanecer por mais
cinco décadas como importante centro comercial intracontinental graças ao
mercado andino, predominantemente boliviano, que permitiu um movimento pela
fronteira de Corumbá de mais de um milhão e meio de dólares por dia, segundo
dados da Cacex (Carteira de Comércio Exterior) do Banco do Brasil”. (Leia o texto
completo no canal Artigos deste mesmo blog).
Nenhum comentário:
Postar um comentário