Haroldo Palo Jr. comemorou seus 60 anos,
dia 17 de novembro, cercado pelo cenário que mais aprecia, entre garças, bugios
e tuiuiús, no meio do Pantanal. Ele era um dos passageiros do barco Kalypso, na
décima primeira expedição do Curso de Estratégias para a Conservação da
Natureza, organizado pelo Instituto Homem Pantaneiro (IHP) e realizado pela
Polícia Militar de Mato Grosso do Sol, para capacitar oficiais da Polícia
Militar Ambiental de todo o País. Viajou como palestrante, para compartilhar
suas experiências de 35 anos como fotógrafo naturalista, e montar um vídeo
subaquático no corixo de águas cristalinas do Porto São Pedro, à beira do rio
Paraguai, além de ampliar seu acervo de 350 mil fotos com novas imagens do
Pantanal. Para quem quiser conferir de perto, imagens como a do bugio e outras
espécies do Pantanal estão na Exposição Palo Jr. a partir do dia 23 de novembro
na Casa Vasquez, sede do IHP, no Porto Geral de Corumbá. E a história completa desse
fotógrafo, paulista de Lins, que vê na degradação do Pantanal e da Amazônia uma ameaça ao futuro da humanidade, você confere no canal Reportagens deste
blog.
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
domingo, 3 de novembro de 2013
Todo dia é Dia dos Ancestrais
Chuva fina começa a cair enquanto compro
flores e frutas na feira para o Dia de Finados. Sempre chove nos Finados, como
se a chuva refletisse o sentimento dos que já se foram e dos que aqui ficam:
alegria, tristeza, esperança, mas a palavra mais adequada seria purificação. Andando pelas ruas ouço quase sempre o mesmo
comentário: eu vou, mas não gosto de ir ao cemitério. Talvez as pessoas se
sintam pouco à vontade de visitar um lugar onde, cedo ou tarde, serão
depositados seus próprios restos mortais. Outros acreditam que ficarão expostas
a ondas negativas. Eu também não gosto de ir ao cemitério, mas vou. Mestres
espiritualistas esclarecem que espíritos de nossos ancestrais, os finados,
também não gostam de cemitério. Esclarecem
que neste Dia de Finados apenas um ancestral de cada família, apenas um, é
enviado ao cemitério para receber as flores e orações ofertadas pelos parentes.
Possuímos uma forte ligação com nossos ancestrais no dia a dia, e alguns deles
recebem a missão de nos proteger – são nossos guias espirituais. Então, todo
dia é dia dos antepassados, a quem devemos respeito e gratidão. Eles são os fios condutores da nossa
linhagem e nossa missão aqui na terra. Por isso merecem nossa atenção e carinho no Dia de Finados e em todos
os outros dias do ano. Em casa, por minha forte ligação oriental e espiritual,
venero meus antepassados em um oratório. Meus ancestrais vieram de Jerusalém,
na Palestina, Oriente Médio. É no oratório, impecavelmente limpo, onde elevo
diariamente minhas orações de gratidão e ofereço a essência das frutas, da
água, dos sucos naturais, dos doces e salgados.
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