sábado, 24 de julho de 2010

Querem acabar com esse cartão postal


Proposta maluca: a Bolívia tenta convencer o governo brasileiro que uma das maneiras de escoar seus produtos por barcaças pelo rio Paraguai é eliminar um obstáculo na saída do Canal do Tamengo. E esse obstáculo é nada mais, nada menos que a ponte de captação de água que abastece Corumbá, que virou cartão postal da cidade por proporcionar um cenário deslumbrante a cada pôr-do-sol, principalmente no inverno, quando a bola de fogo parece estar sendo sustentada pelo arco de concreto. Captei esta imagem ao anoitecer de quarta-feira, 21 de julho, após sair de um encontro de discussões sobre a Hidrovia do rio Paraguai no Centro de Convenções do Pantanal, onde o prefeito de Ladário, José Antonio, apresentou como solução o projeto de revitalização do Porto de Ladário. Solução rápida e de baixo custo, que colocaria Ladário definitivamente no rumo do desenvolvimento e eliminaria qualquer possibilidade de se alterar a configuração do Porto Geral de Corumbá. O minério da Jindal Power, que explora da jazida de Mutum, na Bolívia, e de outras mineradoras, como a Vale, pode chegar por rodovia ou ferrovia até o Porto de Ladário, e dali escoar pela hidrovia do Paraguai. Para isso, basta recuperar 23 km de malha ferroviária e asfaltar 4 km de rodovia. O projeto foi apresentado para a pessoa acerta – o novo embaixador do Brasil na Bolívia, Marcel Biato, durante o encontro no Centro de Convenções.

sábado, 3 de julho de 2010

Seleção teve a cara de Dunga e pouco do Brasil


Certa vez, na disputa da final da Copa Mercosul do ano 2000, no Parque Antártica, o Palmeiras meteu 3 a 0 no Vasco no primeiro tempo e achou que o jogo estava ganho. Voltaram para campo no segundo tempo com a intenção de apenas cozinhar o galo, achando que o Vasco estava derrotado. Engano. Com três gols de Romário e outro de Juninho Paulista, o Vasco virou o jogo para 4 a 3 e levou a taça de campeão para o Rio. Este filme se repetiu mais ou menos em Port Elizabeth, na África do Sul. O Brasil disputou um primeiro tempo soberbo, fez 1 a 0, e achou que sua vitória seria encaminhada normalmente no segundo tempo. Engano. Foi a vez da Holanda jogar, aproveitando-se da prepotência e do nervosismo que se abateu sobre o time brasileiro. Quando nossos jogadores voltaram para campo segundo tempo, deixaram suas almas no vestiário. Dunga chegou a essa Copa com o grupo fechado, como se diz no jargão futebolístico. E de fato conseguiu passar para o grupo todo seu destempero e arrogância. Tanto que vimos até o criativo Robinho, o melhor jogador brasileiro nessa Copa, ter um chilique em campo ao ser pressionado pela marcação holandesa. Enfim, contamos com um time de não-me-toque, que já chegou à Copa com baixo rendimento físico, com padrão tático tímido para o porte de nossa seleção, e emocionalmente aos frangalhos, sentindo o peso de serem vistos e cobrados como os melhores do mundo. Somos de fato os melhores? Acompanhem o restante da Copa do Mundo e tirem suas conclusões. Quem sabe tiramos lições para montarmos um time de melhor qualidade técnica e tática, e emocionalmente equilibrado para a Copa de 2014 no Brasil.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

A Embaixadora da Paz e o verbo pazear


Se não houvesse guerra e violência no mundo, não seriam necessários os Embaixadores da Paz. Delasnieve Miranda Daspet de Souza é uma dessas mulheres encarregadas de semear a paz pelo mundo. Ela é a Embaixadora Universal da Paz em Mato Grosso do Sul da entidade que tem sede em Genebra, na Suiça. Delasnieve esteve no Centro de Referência em Assistência Social (Cras) em Ladário para o Encontro Construindo a Cidadania e a Cultura da Paz. Ele disse ter descoberto um verbo quase desconhecido no dicionário Aurélio – o verbo pazear. Pazeando quer dizer estou fazendo a paz. Pazeando, aliás, é o título de seu mais recente livro de poesias. Para se ter paz não é necessário ter a guerra, afirma a poetisa, que faz parte do Comissão dos Direitos Humanos da OAB. A palestra de Delasnieve, que nasceu em Porto Murtinho e é prima do ex-governador Zeca do PT, foi promovida pela Prefeitura de Ladário, por meio da Secretaria de Assistência Social e Cidadania (Gerência de Trabalho e Cidadania) em parceria com o Fórum Permanente das Entidades Não Governamentais de Corumbá e Ladário. “Se queremos a paz, nós podemos fazer a diferença, nós temos essa força”, pregou a Embaixadora da Paz.