Professor Galharte focaliza poeta pantaneiro (Agência Navepress) |
O Café Literário, evento
mensal promovido pelo Sesc e a Associação dos Poetas e Escritores de Corumbá,
trouxe um especialista no poeta Manoel de Barros, o professor doutor da
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), o corumbaense Julio Augusto
Xavier Galharte. Com o tema Manoel de Barros e o Cinema, Galharte mostrou a
influência de Charles Chaplin, Luis Buñuel e Pier Paolo Pasolini nos versos do
poeta pantaneiro. Deixa claro que Manoel é um poeta universal. Apesar de ter
vivido muito tempo no Pantanal, esteve também em Nova York, Paris e países da
América do Sul, de onde tirou suas referências. Foi durante algum tempo
comunista e chegou inclusive a fundar o PC em Corumbá, mas abandonou o partido
desgostoso com a ligação de Prestes, presidente nacional, com Getúlio Vargas e
por imposições feitas pelos camaradas. Nos versos dos livros de Manoel há
citações de Chaplin e influências de outros gênios do cinema e da literatura.
Ele também teve influência do zen budismo, de São Francisco, era admirador do cineasta
japonês Akira Kurosawa e lia muito o romancista russo Dostoivski, conforme
afirma Galharte em sua brilhante oratória no Sesc Corumbá. Manoel via o divino na natureza, e por isso os insetos e outros animais ganham força e forma em seus versos. Admirava os mais fracos, puros e oprimidos. Vejam algumas das
frases geniais de Manoel pesquisadas por Galharte:
“Um dia me chamaram de idiota...e eu chorei. Sou fraco para elogios”.
“Tudo aquilo que nos leva a coisa nenhuma, e que você não pode vender no mercado como, por exemplo, o coração verde dos pássaros, serve para poesia”.
“A gente vai desaparecendo igual quando Carlitos vai desaparecendo no fim da estrada”.
O Café Literário mais uma vez abriu espaço para novos escritores, como a poeta Hildyanne Teixeira, de 17 anos, que tem seus trabalhos publicados semanalmente no jornal Correio de Corumbá e cursa Ciências Sociais na UFGD, em Dourados. Em agosto, o Café Literário completa um ano de produção e em outubro haverá uma programação em homenagem ao centenário do poeta corumbaense Lobivar de Matos.
“Um dia me chamaram de idiota...e eu chorei. Sou fraco para elogios”.
“Tudo aquilo que nos leva a coisa nenhuma, e que você não pode vender no mercado como, por exemplo, o coração verde dos pássaros, serve para poesia”.
“A gente vai desaparecendo igual quando Carlitos vai desaparecendo no fim da estrada”.
O Café Literário mais uma vez abriu espaço para novos escritores, como a poeta Hildyanne Teixeira, de 17 anos, que tem seus trabalhos publicados semanalmente no jornal Correio de Corumbá e cursa Ciências Sociais na UFGD, em Dourados. Em agosto, o Café Literário completa um ano de produção e em outubro haverá uma programação em homenagem ao centenário do poeta corumbaense Lobivar de Matos.
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