quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

O que nos espera em 2016

O mundo passa por transformações na ordem social, econômica e política, e as recentes conclusões do encontro ambientalista COP21 em Paris, neste final de ano, deixaram claro, de uma vez por todas, que as reservas naturais do planeta estão esgotadas e que nada mais nos resta do que adotar um novo modo de vida, com menos emissão de gases de efeito estufa, mais sustentabilidade, enfim, mais simplicidade e menos ostentação. Infelizmente não é o comportamento adotado pela maioria das pessoas, dos líderes políticos, das empresas multinacionais que controlam nações e economias. O que se vê, nesta segunda década do segundo milênio, é um retrocesso aos tempos medievais, com centenas de guerra e guerrilhas espalhadas pelo mundo, a ofensiva dos estados militaristas, liderados pelos EUA, para conter o avanço do Estado Islâmico, tragédias ambientais como a de Mariana, o crescente desmatamento da Amazônia, a sede de poder dos grupos e empresas capitalistas, o fundamentalismo religioso – enfim, um conjunto de ações e anomalias que levam cada vez mais o planeta e a autoestima de homens e mulheres para o fundo do poço. Um mar de lama que insiste em encobrir nosso direito a liberdade e dignidade. No entanto, mesmo diante deste tsunami de horrores, ninguém pode nos negar o direito de pensar e agir livremente, fazer as nossas escolhas, manter projetos e ainda sonhar com um século mais justo e menos opressor. O direito de planejar, investir, arriscar, libertar-se de velhos conceitos e preconceitos. O futuro pode estar na capacidade das cidades e seus cidadãos administrarem as crises e adversidades com criatividade, justiça e simplicidade. Como habitantes de um dos maiores e mais ricos patrimônios naturais do planeta, o Pantanal, resta-nos como bons filhos protegê-lo da praga mercantilista que polui rios e matas em nome de uma política desenvolvimentista suicida. Lutemos pela vida. Biomas como o Pantanal e a Amazônia são termômetros que refletem exatamente o sentimento dos homens sobre a natureza. E esse sentimento ultimamente oscila entre o amor e o ódio. (Veja neste blog o artigo “O ano em que a Terra perdeu sua biocapacidade” do articulista Leonardo Boff).


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