Benedita ao lado de Jane Contu, ex-secretária de Assistência Social |
Benedita não quis esperar pela festa
dos seus 95 anos, dia 11 de maio, véspera do dia das mães. Decidiu partir mais
cedo. A missão estava cumprida. A mulher que nasceu no Pantanal do Taquari já
havia se transformado na supermãe, na avó, na bisavó. Formou uma pequena legião
de descendentes: cinco filhos, três netos, quatro bisnetos.
Era conhecida como a idosa mais
velha da Aappil (Associação dos Aposentados e Pessoas Idosas de Ladário), mas
também por seu jeito extrovertido, alegria que irradiava nos salões de baile de
todas as sextas-feiras na associação.
No adeus de Benedita Alves de Lima, aos
94 anos, nesta terça-feira, 18 de abril, em Ladário, estavam presentes todos os
amigos, colegas e familiares, as filhas Jorgina, Jorgelina, Selice, Juventina e
o filho Jorge.
Benedita só parou mesmo de frequentar o
almoço dançante das sextas-feiras na Aappil porque teve uma queda e fraturou o
braço, e os cuidados da família sobre ela redobraram, ultimamente se dedicava
às sessões de fisioterapia e ao tratamento médico. O estado de saúde dela se
agravou nas últimas semanas: os médicos constataram um tumor. Ela faleceu na
tarde desta terça.
Devota de Santo Antônio, Benedita
frequentava as missas e eventos da comunidade. Gostava de se sentar ao portão
da casa, no bairro Santo Antônio, em Ladário, para apreciar o movimento na rua
Afonso Pena.
“Foi uma guerreira que tomou conta e
educou todos os filhos, principalmente depois que ficou viúva: papai teve
enfarto aos 51 anos”, contou uma das filhas, Jorgina. “Nos ensinou a trabalhar
na roça, valorizar o que é nosso, nos ensinou como educar nossos filhos”.
Enfim, Benedita foi uma brava guerreira do Pantanal que soube valorizar cada
minuto da vida. E deixou seu legado.
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