Momento
político histórico no Campus Pantanal da Universidade Federal de Mato Grosso do
Sul (UFMS). Mais de quinhentos acadêmicos de todos os cursos lotaram o
anfiteatro Salomão Baruki na noite desta terça, 2 de maio, para acompanhar o
debate entre os quatro candidatos a diretor do campus, os professores Aguinaldo Silva (Geografia), Jorge de Souza Pinto (Ciências
Contábeis), Marcelo Dias (Matemática) e Waldson Diniz (História). Eles disputam
os votos de professores, técnicos administrativos e alunos na eleição deste dia
4 de maio. Debate que transcorreu em alto nível, com respeito e espírito
democrático, cada candidato preocupado em mostrar suas propostas para a
melhoria do CPAN, missão nada fácil nesses tempos de regime de exceção e estrangulamento da Constituinte Cidadã.
A crescente evasão de alunos (350 dos matriculados desistiram ou migraram para outros centros), as deficiências na infraestrutura (o Bloco C da unidade 1, recém construído, foi interditado) e a falta de uma discussão política que aumente a representatividade do Campus Pantanal diante da reitoria da Capital foram os pontos mais relevantes tocados pelos candidatos. Outro ponto muito criticado foi a desigualdade do sistema eleitoral, hierarquizante e burocrático, que dá aos votos de estudantes e técnicos apenas o peso 15% na proporção com os votos dos professores, com peso 70%. (Atualizado para correção em 03/05, 08h47)
Bacana ver o Salomão Baruki lotado para um debate tão importante. Semana passada estive no CPAN pela manhã e vi muitas salas vazias e outras com poucos alunos. Claro que o diretor do campus não conseguirá, sozinho, mudar essa realidade. Mas ele pode sim buscar alternativas para transformar a universidade em um amplo espaço de debate, de transformação, de conhecimento.
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