Em Santa Cruz de la Sierra, Evo Morales lança projeto para fronteira |
Nelson Urt
A usina siderúrgica dos sonhos de Corumbá, para beneficiamento de ferro
e manganês, tendo como concessionária a MMX do empresário multimilionário Eike Batista, não
saiu do papel. Como todos sabem, o império de Eike ruiu e onde seria a siderúrgica o governo estadual levantou um conjunto habitacional.
Do lado boliviano, porém, o projeto está bem perto de se tornar realidade, e a 22 km de Corumbá. Negócio da China, com investimento monstro de 466 milhões de dólares e previsão de abertura de 1500 empregos diretos em Puerto Suarez, fronteira oeste do Brasil. A 60 km da área urbana fica Mutún, uma das maiores reservas minerais do mundo.
Do lado boliviano, porém, o projeto está bem perto de se tornar realidade, e a 22 km de Corumbá. Negócio da China, com investimento monstro de 466 milhões de dólares e previsão de abertura de 1500 empregos diretos em Puerto Suarez, fronteira oeste do Brasil. A 60 km da área urbana fica Mutún, uma das maiores reservas minerais do mundo.
O presidente Evo Morales promulgou nesta segunda-feira, 02 de abril, na
cidade de Santa Cruz de la Sierra, financiamento para a construção, execução e
comissionamento da Usina Siderúrgica de Mutún, que será construída nos próximos
30 meses pela empresa Sinosteel Equipamentos e Engenharia, da China, em Puerto Suárez.
A lei promulgada autoriza o financiamento subscrito entre o Banco de
Exportações e Importações da China (Eximbank) e o Governo boliviano por um
montante de mais de 466 milhões de dólares.
Evo explicou que, do montante total, o crédito do Eximbank é de 396,1
milhões de dólares, com uma contrapartida do Estado boliviano de 69,9 milhões
de dólares.
De acordo com o projeto final, a fábrica de Mutún produzirá 194.000
toneladas de aço laminado por ano, que servirão para cobrir uma grande parte da
demanda doméstica do país e para exportação.
Ele anunciou que uma segunda fase também está planejada para a
industrialização, a fim de abastecer todo o mercado nacional e exportar o
produto nos próximos cinco anos.
Por sua vez, o ministro da Mineração, César Navarro, ressaltou que o
investimento vai gerar pelo menos 1.500 empregos diretos e 3.500 indiretos,
devido à magnitude do complexo industrial. Estima-se que anualmente passam pela fronteira Brasil-Bolívia, nos dois sentidos, perto de 500 mil pessoas. Muitos migram em busca de ofertas de trabalho e se fixam em um dos lados.
Navarro quer desenvolver o ciclo da cadeia produtiva com a siderúrgica
na província de German Bush, com impacto em seus três municípios (Puerto
Suarez, Puerto Quijarro e Carmen Rivero). Por tabela, o investimento pode favorecer operários ligados à mineração em Corumbá e Ladário com a criação de postos de trabalho.
O ministro explicou que este projeto envolve a construção de um complexo
com usinas de concentração, redução direta com gás natural, aço, laminação com
194 mil toneladas, geração de oxigênio, ar comprimido, tratamento de água,
geração elétrica com base gás, piscinas de sedimentação e tratamento de escória
(resíduo industrial).
O projeto inclui ainda a implantação de um gasoduto de 15 quilômetros,
um aqueduto de 105 quilômetros do rio Paraguai, sistemas de distribuição e
armazenamento de água, sistema de liquefação de gás natural, laboratórios de
controle de processos e controle de qualidade de produto final e oficinas de
manutenção elétrica e mecânica.
A Bolívia espera que o projeto, a construção e a finalização sejam
executados dentro de 30 meses e entrem em operação e produção em 12 meses após
sua implementação. E nunca é demais lembrar que, em 2017, a Bolívia foi o país com maior índice de crescimento econômico na América Latina. (Fonte: Agencia Boliviana de Información)
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