domingo, 17 de março de 2019

E enquanto isso, no Brasil, 5 milhões passam fome


Nelson Urt
Navepress

Para onde caminha este modelo capitalista em que uma minoria acumula fortunas em detrimento de milhares que passam fome ou correm atrás do prejuízo nas filas de desemprego? Vejam o resultado de um sistema que leva a humanidade para o fundo do poço, explora todas as reservas naturais do planeta sem reposição – muito pelo contrário, provocando mais desastres e tragédias como Mariana e Brumadinho – e prega o discurso do ódio, distanciando-se cada vez mais da verdadeira mensagem cristã de amor e solidariedade ao próximo. O resultado é a fome de muitos - quase todos invisíveis, parte de uma sociedade que ninguém quer ver ou mostrar.
Os números divulgados no Relatório “O Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo-2018” da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) mostrou que a fome aumentou no mundo. 821 milhões de pessoas passavam fome em todo o planeta em 2017. Pelo terceiro ano consecutivo, este número aumenta, segundo a FAO. 
O relatório cita como as principais causas do avanço da subnutrição os conflitos armados, as crises econômicas e fenômenos naturais extremos, como secas e enchentes. 
No Brasil, 2,5% da população passou fome em 2017. Isso corresponde a 5,2 milhões de pessoas. O Brasil só saiu do mapa da fome em 2014, quando o índice de pessoas ingerindo menos calorias que o recomendado caiu para 3% da população. Para que um país saia do Mapa da Fome, de acordo com a ONU, é necessário que a quantidade de pessoas ingerindo menos calorias do que o recomendado seja inferior a 5% da população. Trata-se, na verdade, de uma questão de direitos humanos - palavra sobre a qual certas autoridades sentem aversão, até pavor. O estudo aponta como riscos para o aumento da fome no País o avanço da pobreza, o congelamento dos investimentos sociais por 20 anos, a alta do desemprego e o corte de pessoas beneficiadas pelo Bolsa Família. (Fonte: Observatório do Terceiro Setor)


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