Nelson Urt
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Para onde caminha este modelo capitalista em que uma minoria acumula fortunas em detrimento de milhares que passam fome ou correm atrás do prejuízo nas filas de desemprego? Vejam o resultado de um sistema que leva a humanidade
para o fundo do poço, explora todas as reservas naturais do planeta sem reposição – muito pelo contrário, provocando mais desastres e tragédias
como Mariana e Brumadinho – e prega o discurso do ódio,
distanciando-se cada vez mais da verdadeira mensagem cristã de amor e solidariedade
ao próximo. O resultado é a fome de muitos - quase todos invisíveis, parte de uma sociedade que ninguém quer ver ou mostrar.
Os números divulgados no Relatório “O Estado
da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo-2018” da Organização das Nações
Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) mostrou que a fome aumentou no
mundo. 821 milhões de pessoas passavam fome em todo o planeta em 2017. Pelo
terceiro ano consecutivo, este número aumenta, segundo a FAO.
O relatório cita
como as principais causas do avanço da subnutrição os conflitos armados, as crises
econômicas e fenômenos naturais extremos, como secas e enchentes.
No Brasil,
2,5% da população passou fome em 2017. Isso corresponde a 5,2 milhões de
pessoas. O Brasil só saiu do mapa da fome em 2014, quando o índice de
pessoas ingerindo menos calorias que o recomendado caiu para 3% da população. Para
que um país saia do Mapa da Fome, de acordo com a ONU, é necessário que a
quantidade de pessoas ingerindo menos calorias do que o recomendado seja
inferior a 5% da população. Trata-se, na verdade, de uma questão de direitos humanos - palavra sobre a qual certas autoridades sentem aversão, até pavor. O estudo aponta como riscos para o aumento da fome no País o avanço da pobreza, o congelamento dos investimentos sociais por 20 anos, a alta do desemprego e o corte de pessoas beneficiadas pelo Bolsa Família. (Fonte: Observatório do Terceiro Setor)
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