terça-feira, 18 de março de 2014

Federalizar a Educação é a saída!

Das dez melhores escolas de Mato Grosso do Sul segundo os resultados obtidos por seus alunos no Enem 2012, nove são particulares e apenas uma da rede pública, mas federal: o Colégio Militar de Campo Grande. São nove da Capital e apenas uma do interior. Fica claro que as escolas da rede pública estaduais e municipais não tem vez no sistema de educação num Pais em que ainda impera a desigualdade educacional e no qual a educação é fortemente influenciada pelas necessidades capitalistas. Quem pode mais, tem mais acesso ao ensino. O sistema de cotas é um mero paliatipo criado pelo governo federal para encobrir sua falha. Mas até quando isso vai perdurar? Quando teremos a revolução da educação? Depois da Copa do Mundo, na qual serão gastos R$ 35 bilhões na construção dos estádios? Ou depois da Olimpíada de 2016? Enquanto se espera uma saída, nossas crianças continuam silenciadas pelo analfabetismo. Os recentes números divulgados pelo Ministério da Educação na audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) indicam um fracasso no sistema educacional: o Brasil conta com 3,5 milhões de jovens com 15 anos, dos quais 32 mil são analfabetos e, dentre eles, 10 mil passaram pela escola e mesmo assim saíram sem saber ler e escrever. Mas em vez de ficarmos anos após anos jorrando rios de lágrimas em cima das estatísticas vergonhosas da educação, temos a obrigação de lançar projetos para tirá-la do fundo do buraco. No Brasil, aprendemos que tudo o que é federal é bom, tem qualidade e competência. Municípios e Estados aprendem a buscar recursos em Brasília para cobrir seus rombos. O governo Federal está sempre à disposição para salvar bancos e banqueiros, o agronegócio e pecuaristas, economias e empresários falidos e agora optou por investir mundos e fundos em estádios de futebol. Poucas cabeças decidindo por muitos. É hora então de olhar para Educação como um sistema fracassado, dona de oitavo maior índice de analfabetismo do mundo. É hora de federalizar a Educação brasileira. Urgentemente. Imaginem o Brasil com mais de 150.000 escolas públicas federais e não apenas com os atuais 451. Imaginem a reconstrução de todas as nossas escolas, modernizadas, com padrão internacional, tais quais os mais requintados estádios de futebol recém construídos no País. Imaginem o teto de um professor concursado e graduado da educação em R$ 9 mil mensais, como propõe o senador e professor da Universidade de Brasília, Cristovam Buarque, em opinião que você pode ler no canal Artigos deste blog. Educação federal seria, de verdade, educação para todos. A tese não é nova, é defendida por algumas pessoas conscientes e responsáveis do País, mas precisa ser abraçada por quem tem poder de decisão e verdadeiramente vê nos olhos da criança o futuro olhar da nação. Chega de passar vergonha!




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