sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Diário de uma transexual

Com um vestido rosa-choque como homenagem ao Outubro Rosa, a transexual Patrícia Lima subiu ao palco e dublou a cantora Deborah Blando com a música Somente o Sol no play-back. E foi exaustivamente aplaudida. Seria mais uma apresentação para o mundo LGBT não fosse o inusitado cenário: era o palco de show da Festa da Padroeira de Ladário, Nossa Senhora dos Remédios. E naquela noite de 23 de outubro,véspera do feriado católico na cidade, a transgênero quebrava um tabu de mais se um século ao conquistar um espaço em um evento cultural e religioso católico. Antes dela havia se apresentado a Orquestra do Projeto Semear e depois dela subiu ao palco a dupla sertaneja Pedro e Evandro. O show de Patrícia é desfecho de uma luta que vem sendo travada pela Secretaria de Assistência Social de Ladário para preservar os direitos e as escolhas sexuais dos jovens da cidade, promover a inclusão social e entender as diferenças, provocando dessa forma o debate e a reflexão no coletivo estudantil, acadêmico e de toda a sociedade. Uma semana antes do show, entrevistei Patrícia, de 27 anos, que já teve nome e corpo masculinos, mas hoje é chamada pelo nome social em casa e pelos colegas da escola, e os detalhes da nossa conversa você confere no canal Reportagens deste blog ou no link: http://nelsonurt.blogspot.com.br/p/reportagens.html


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