Cecília Sant'Anna, rainha da bateria da Imperatriz (Agência Navepress) |
Eram duas horas em ponto da madrugada
desta segunda de Carnaval quando a garoa começou a molhar os paralelepípedos e
o asfalto da avenida General Rondon, já no final do desfile da Marquês de
Sapucaí, que abriu as apresentações do Grupo Especial em Corumbá. Mas o que me chamou mais a atenção foi a exibição da Imperatriz Corumbaense. A escola inovou ao trazer para a avenida um tema palpitante e atual, mas que já possui sua breve história: a luta contra o câncer. Um tema que tem
tudo a ver com a saúde nos lares brasileiros. É uma forte candidato ao título do Grupo de Acesso. A
verdade é que a Imperatriz causou impacto com imagens fortes como a de Rosa
Mavigner, a paciente que criou o lenço como símbolo da campanha contra o
câncer, e veio num carro alegórico. Elton e Lindinha, mestre-sala e porta-bandeira, representaram a
radioterapia. Os 50 ritmistas da bateria se vestiram como os glóbulos vermelhos
do sangue, da hemoglobina. E a rainha da bateria Cecília Sant’Anna surgiu com
uma fantasia exuberante também em tom rubro que me trouxe as melhores
recordações da maravilhosa Carol Duarte, estrela maior por muito tempo na
Império do Morro. Rainha da bateria não conta ponto para efeito de jurados,
lembra-me, ao meu lado, Arturo Ardaya, coordenador do Conselho Municipal de
Cultura, que não perde um só lance deste Carnaval com sua intrépida lente
digital. Rainha serve apenas para animar a escola, acrescenta. No caso de
Cecília, sobrou animação, luxo, beleza e simpatia, que podem empurrar a Imperatriz rumo ao Grupo Especial.
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